Quem somos nós?

Somos um grupo de alunas do Curso de Especialização Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça (GPPGR), na modalidade à distância, promovido pela Universidade Federal do Espírito Santo em parceria com o MEC. Criamos esse blog com o objetivo de fomentar as discussões no campo das Políticas de Ações Afirmativas e assim contribuir no processo de elaboração, aplicação, monitoramento e avaliação de projetos e ações que visam a transversalidade e a intersetorialidade de gênero e raça/etnia nas Políticas Públicas. Nosso tema é Igualdade de gênero, raça/etnia na educação formal com o sub tema:- Família, hierarquias e a interface público/privado. Integrantes do grupo: Ana Paula Ferreira, Marcia Roziane Zuma e Nilza Nimer Gonçalves.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mulheres rurais na Associação de Agroturismo de Aracruz


Nas propriedades rurais familiares de Aracruz era comum o casal trabalhar nas lavouras, mas apenas o homem é quem organizava a produção, comercialização e recebia os recursos. A força de trabalho da mulher era considerada uma “ajuda” sem receber o devido valor financeiro e profissional. Muitas mulheres, além do trabalho na lavoura e o trabalho doméstico, também faziam pães, bolos e demais produtos alimentícios para vender e aumentar a renda. Portanto tinham uma jornada tripla, mas sem muitos direitos aos recursos financeiros advindos de seu trabalho. 

A partir de 2006 houve um trabalho realizado pela Prefeitura Municipal de Aracruz e parceiros para o desenvolvimento do potencial turístico dessas propriedades rurais. O interessante foi observar como as mulheres assumiram essa nova fonte de trabalho e renda. Elas aumentaram suas produções caseiras (agora já assistidas pelo SIM – Serviço de Inspeção Municipal), adequaram suas propriedades para receber turista e foi criada uma associação de agroturismo – AGROTUR – Associação de Agroturismo de Aracruz. O primeiro mandato de presidente foi assumido por um homem, mas a partir do segundo mandato até hoje as mulheres assumiram a associação. 
Elas já aderiram ao PRONAF MULHER para adequar instalações e receber o certificado de produtos adequados ás normas sanitárias. Em depoimento delas foi ouvido que além delas melhorarem suas rendas familiares elas adquiriram o respeito dos familiares como mulheres produtivas e também elevaram sua auto-estima. Elas já participaram da Feira Nacional da Agricultura Familiar em edições em Brasília e no Rio de Janeiro.

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